“Acredita”: Lula inicia programa de crédito para impulsionar empreendedorismo e apoio ao Bolsa Família

Em uma movimentação estratégica para reforçar o acesso ao crédito no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início ao programa “Acredita” nesta segunda-feira (22). A iniciativa visa ampliar o apoio financeiro a beneficiários do Bolsa Família, Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas empresas, marcando um esforço governamental para estimular a formalização e expansão empresarial em diversas camadas da sociedade.

Fomento ao Crédito para o Bolsa Família

Com um aporte de R$ 500 milhões provenientes do Fundo Garantidor de Operações (FGO) do programa Desenrola Brasil, o “Acredita” oferece condições facilitadas de crédito, incluindo parcelamento em até 60 meses e juros reduzidos. Essa linha de crédito está destinada principalmente a inscritos no Cadastro Único, trabalhadores informais e pequenos produtores rurais, permitindo que esses beneficiários possam se formalizar como MEIs sem a necessidade de abdicar dos benefícios do Bolsa Família.

Iniciativas para Micro e Pequenas Empresas

O programa não se limita ao suporte individual, estendendo-se também ao estímulo para pequenos negócios. Por meio da sub-iniciativa Procred 360, o “Acredita” atende especificamente MEIs e empresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. Essas entidades podem acessar empréstimos com condições vantajosas, com juros calculados sobre a taxa Selic mais 5%.

Incentivos ao Mercado Imobiliário

Visando revitalizar o setor imobiliário e de construção civil, o programa incorpora esforços para criar um mercado secundário de crédito imobiliário, utilizando a estatal Emgea como securitizadora. Esse mecanismo deverá permitir que os bancos ofereçam mais empréstimos para a habitação a taxas mais competitivas, com foco particular na classe média.

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Impacto Econômico Esperado

“Acredita” surge como uma peça fundamental na estratégia do governo Lula de promover uma recuperação econômica inclusiva no pós-pandemia. O programa é projetado para melhorar não apenas a inclusão financeira, mas também as condições de vida de milhões de brasileiros, apoiando o empreendedorismo e contribuindo para a estabilidade econômica e crescimento.

Com esse conjunto de medidas, o governo busca não apenas apoiar os já beneficiados por programas sociais, mas também fortalecer a economia através da formalização de pequenos empreendedores e do estímulo ao mercado de crédito imobiliário.

O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil, reconhecido internacionalmente por já ter tirado milhões de famílias da fome. O Governo Federal relançou o programa com mais proteção às famílias, com um modelo de benefício que considera o tamanho e as características familiares, aquelas com três ou mais pessoas passarão a receber mais do que uma pessoa que vive sozinha.

Além de garantir renda básica para as famílias em situação de pobreza, o Programa Bolsa Família busca integrar políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social. O Bolsa Família vai resgatar a dignidade e a cidadania das famílias também pela atuação em ações complementares por meio de articulação com outras políticas para a superação da pobreza e transformação social, tais como assistência social, esporte, ciência e trabalho.

Quem tem direito?
Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês. Ou seja, se um integrante da família recebe um salário mínimo (R$ 1.412), e nessa família há sete pessoas, a renda de cada um é de R$ 201,71. Como está abaixo do limite de R$ 218 por pessoa, essa família tem o direito de receber o benefício.

Como Receber?
Em primeiro lugar, é preciso estar inscrito no Cadastro Único, com os dados corretos e atualizados. Esse cadastramento é feito em postos de atendimento da assistência social dos municípios, como os CRAS. É preciso apresentar o CPF ou o título de eleitor.
Lembrando que, mesmo inscrita no Cadastro Único, a família não entra imediatamente para o Bolsa Família. Todos os meses, o programa identifica, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas e que começarão a receber o benefício.