rafapress/Shutterstock.com
Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) revelou sérias falhas no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), indicando que foram efetuados pagamentos indevidos a 18.747 beneficiários já falecidos, resultando em uma soma de mais de R$ 193 milhões entre janeiro de 2019 e junho de 2023. A maioria desses pagamentos continuou por até três meses após os registros de óbito.
A análise foi realizada com base em dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (SIRC), do Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi) e da base de dados Maciça, identificando períodos críticos de falhas, como dezembro de 2020, agosto de 2022 e janeiro de 2023. Estes picos sugerem deficiências na automatização dos processos de verificação de óbitos implementados pelo INSS.
Como resposta às descobertas, a CGU recomendou uma revisão abrangente dos casos apontados, a interrupção dos pagamentos e a restituição dos valores indevidamente pagos. O relatório também enfatiza a importância de fortalecer os mecanismos de controle de óbito, sugerindo a integração de outras bases de dados, como a do Cadastro Único para Programas Sociais (CadSUS), para melhorar a precisão na detecção de falecimentos e prevenir erros futuros.
Adicionalmente, a CGU aconselhou a atualização dos métodos de prova de vida do INSS, incluindo a adoção de verificações presenciais, visando aumentar a segurança e a confiabilidade do sistema de pagamentos.
Como não cair em golpe
O site do INSS orienta o segurado a concentrar todas as operações de atualização no espaço Meu INSS na plataforma Gov.br e jamais compartilhar login e senha. As dicas para os aposentados são as seguintes:
1. Manter os dados de contato, como telefone, e-mail e endereço atualizados no Meu INSS ou pelo telefone 135.
2. Não atender solicitações de dados por e-mail, mensagem ou telefone.
3. Não clicar em links enviados por SMS e desconfiar de mensagens não identificadas. O número do SMS usado pelo INSS para informar os cidadãos é 280-41;
4. Acessar o MEU INSS na plataforma Gov.br para confirmar o contato ou a convocação;
5. Usar apenas os canais oficiais de atendimento para cumprir solicitações do INSS, seja para agendar um serviço ou para entregar algum documento.
O INSS garante que nunca entra em contato direto com a pessoa para solicitar dados, nem pede o envio de fotos de documentos. A atitude preventiva e o monitoramento do CPF são sempre as melhores medidas para cuidar dos seus dados pessoais e manter um bom score de crédito na aposentadoria.